Nos próximos dias 7 e 9 de Dezembro a Temas Originais tinha
agendado diversos eventos, o lançamento das obras “Chão de Claridade”, de
Eufrázio Filipe, os dois primeiros volumes da série “Criação Temas”, “Flor das
Memórias Perdidas”, de António MR Martins e “Ao Sabor do Instante”, de Vítor
Cintra, o segundo número da série “Sob Epígrafe”, “Tributo a José Carlos Ary
dos Santos” e “O outro lado de mim”, de Jorge Antunes, eventos que somos
obrigados a adiar.
Este adiamento tem que ver com a impossibilidade momentânea
da Temas Originais em editar tais obras. O que motiva esta situação é o facto
da Temas ter assumido compromissos que, no final de Novembro, se viu
impossibilitada de cumprir, acordos que, para nós, são sagrados, não só por uma
questão de bom nome, mas, e sobretudo, porque em nós alguém confiou e viu a sua
confiança defraudada, bem como um desses acordos conter uma solução para um dos
problemas mais complexos e antigos da editora.
E não nos foi possível cumprir porque pessoas, empresas e
instituições persistem em falhar nos compromissos que assumiram connosco,
situação que neste último semestre se tem agravado. Várias tinham dado,
sobretudo em Setembro e Outubro, a garantia de que em Novembro tudo ficaria
resolvido, mas não se passou da dita garantia. Tal factor fez com que a nossa
projecção para o mês de Novembro saísse completamente errada.
Não iremos hoje colocar aqui, embora apetecendo, os
respectivos nomes, mas reconhecemos que tal, porventura, seria a solução ideal.
O futuro próximo dirá da necessidade ou não de tal menção.
Há quem garanta o pagamento após a apresentação do livro e,
posteriormente, sequer responda a e-mail’s ou atenda telefonemas e quando o faz
regaranta ou, pura e simplesmente rasgam o acordo antes assumido e o queira
alterar a sua belprazer.
Há instituições cujo tempo de dívida ultrapasse já o ano,
outras que nos dizem que o pagamento se fará esta semana, esta quinzena, este
mês...
Empresas que fecham a porta com os livros lá dentro, outras
que adiam constantemente o prestar de contas sobre o que está consignado e
outras que se vão esquecendo das facturas. Quase me arrisco a afirmar que os
dedos de uma só mão chegam para contabilizar as que cumprem.
Temos plena consciência de que o ano de 2012 está a ser
complicado, mas basta de promessas, sejam estas provenientes de pessoas,
empresas ou instituições. Nós só deveríamos prometer o que de facto se pode
cumprir porque, com este género de atitudes, se prejudica gravemente outros,
desta feita a Temas Originais que, por confiar na palavra dos outros, se vê
obrigada a não cumprir como também a adiar eventos, algo que nos vai custar
muito.
Pedindo desculpa por esta situação que era de todo
desnecessária, tentaremos o mais rapidamente que nos for possível, agendar os
eventos que agora se adiam.
Pedro Baptista